Hoje, aos 50 anos, Figueira acaba de lançar “Confissões De Um Bom Malandro”, uma obra sobre sua trajetória e que está disponível na versão digital gratuitamente, em seu site. Essa é mais uma publicação, entre os 74 títulos assinados pelo cientista.
“Ao adquiri paralisia cerebral no final dos anos 1960, para grande parte das pessoas que me conheciam e para minha família eu já estava com o meu destino traçado. Ser dependente das outras pessoas, isolado dentro das instituições. Ainda mais naquela época onde nós, pessoas com deficiência, vivíamos totalmente excluídos”, comentou o autor que decidiu por um caminho oposto.
Mesmo em uma época que a inclusão não era pautada e os preconceitos eram muito mais latentes, Figueira viveu inúmeras possibilidades nas artes e conta com graduações em jornalismo, psicologia e teologia, além de dois títulos de Doutor, com 98 artigos científicos publicados. “Figueira é uma pessoa que vem construindo uma trajetória totalmente improvável pela realidade que a vida tentou lhe impor”, disse o crítico literário Rubens Castro.
Atualmente, Emílio Figueira também é professor e conferencista de pós-graduação em temas que envolvem Psicologia e Educação Inclusiva, criando um treinamento online para professores, onde já ajudou a formar 22 mil profissionais da área no Brasil, sendo grande parte da região norte e nordeste.
“Gosto de fazer pirraça para os meus pensamentos limitantes. Sempre que eles dizem que não sou capaz de fazer algo, vou lá e faço, mesmo que não seja exatamente como as demais pessoas, mas faço de meu jeito”, completou Figueira.
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